Parte 1. |
Detecção precoce do câncer de mama:
O exame de palpação realizado pelo médico e a
mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo
de câncer.
Como o médico faz esse exame?
O exame mais fácil de se realizar para se
detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o
médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco
em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou
endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das
porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista
procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos
gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a
definir que tipo de alterações são essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou
mais freqüentemente, dependendo da história individual da paciente
(presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias
prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando
realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características
diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia
é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.
Como se faz o diagnóstico de câncer de mama:
A mamografia é um Rx das mamas. Este exame
também é feito para detecção precoce do câncer quando a mulher faz o
exame mesmo sem ter nenhum sintoma. Caso a mama seja muito densa, o
médico também vai pedir uma ecografia das mamas.
Se a mamografia mostra uma lesão suspeita, o
médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por
agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma
ecografia para localizar bem o nódulo que será coletado o material, se o
nódulo não for facilmente palpável. Após a coleta, o material é
examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se
esta lesão pode ser um câncer ou não.
Sintomas do câncer de mama:
O câncer de mama normalmente não dói. A mulher
pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso
deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as
axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama
pedirá uma mamografia.
A mulher também pode notar uma deformidade na
suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar
uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos
casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele
com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável
pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as
suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As
mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida.
Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem
fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se
estas alterações podem ou não ser um câncer.
Tratamento para o câncer de mama:
Existem vários tipos de tratamento para o
câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado
em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado
o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou
da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede
exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e
se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.
Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento
é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da
localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o
cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da
mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os
gânglios axilares.
As características do tumor retirado e a
extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum
tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda
retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
Dependendo do estadiamento, ou seja, quão
avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares
comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será
indicada quimioterapia ou hormonioterapia.
Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar
qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão
pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este
tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das
características do tumor e da paciente.
Quimioterapia é o uso de medicamentos,
geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo
de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a
extensão da sua doença.
Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios
que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este
tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter
estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de
progesterona).
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