terça-feira, 5 de junho de 2012

Cancer de colo de utero

Parte 2.
Resultados do Exame Preventivo (Papanicolau)
Negativo para câncer (células malignas): se é o primeiro resultado negativo, a mulher deverá fazer novo exame preventivo em um ano. Se tiver um resultado negativo no ano anterior, o exame deverá ser repetido em 3 anos.
Alteração tipo NIC I: repetir o exame em 6 meses;
Alterações tipo NIC II e NIC III: o médico deverá decidir a melhor conduta. Novos exames, como a colposcopia, deverão ser realizadas;
Infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido em 6 meses;
ASCUS e ASGUS (alteração atípica com significado incerto): o médico deve indicar a conduta a seguir conforme cada caso. Pode ser a repetição do exame em 12 meses ou tratamento de infecção ou fazer uma colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento de 10 vezes ou mais).
Amostra insatisfatória: a quantidade de material não foi suficiente para fazer o exame. O exame deve ser repetido logo que for possível.
Independente desses resultados, você pode ter alguma outra infecção que será tratada. Siga o tratamento corretamente. Muitas vezes, é necessário que o seu parceiro também receba tratamento. 

O câncer de colo do útero pode ser prevenido?
Sim, prevenir o aparecimento de um tipo de câncer é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que, por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar), por exemplo.
O câncer de colo do útero, como a maioria dos tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis. Alguns desses fatores de risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores aos quais, se a pessoa estiver exposta, a sua chance de desenvolver esse tipo de câncer diminui.
Entre esses fatores de proteção também há os que se pode modificar, expondo-se mais a eles.
A prevenção do câncer de colo do útero passa por cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando a promiscuidade. Em nível secundário de prevenção, está o exame ginecológico periódico.
Os fatores de risco e proteção mais conhecidos para o câncer de colo do útero e que podem ser modificados são:
Exame de Papanicolau ou preventivo de câncer
Fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero é a forma mais eficaz de diminuir a chance de ter esse tipo de câncer.
As mulheres mais velhas, que normalmente deixam de fazer esse exame, muitas vezes por orientação do seu próprio médico, ou porque deixam de se consultar com um ginecologista, têm risco de desenvolver esse tumor, já que não o diagnosticam na sua fase inicial. 

Infecção pelo Vírus Papiloma Humano (HPV)
O Vírus Papiloma Humano (HPV) é um vírus extremamente comum, do qual existem mais de 80 sub-tipos. Alguns deles são transmitidos sexualmente (por contato sexual com parceiro portador desse vírus). Desses, alguns estão associados ao câncer de colo do útero. Mais freqüentemente, os sub-tipos 16 e 18 estão associados a esse tipo de tumor.
Não existe tratamento para esse tipo de vírus e ele desaparece sozinho, sem tratamento, na grande maioria das vezes. Porém, a maioria dos cânceres de colo do útero têm a presença desse vírus.
Ou seja, as mulheres portadoras desse vírus devem fazer exames mais freqüentes com o seu ginecologista ou profissional de saúde capacitado para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou pré-malignas tão cedo quanto possível, o que aumenta muito a chance de se fazer um procedimento que a deixem complemente curadas.

Fumo
Fumar aumenta o risco de desenvolver esse tipo de câncer.
Parar de fumar ou evitar fumo passivo (inalar fumaça de fumantes próximos) é uma forma de prevenir esse tipo de tumor.
História da Vida Sexual
Mulheres que tiveram a sua primeira relação sexual muito cedo, antes dos 16 anos, ou que têm ou tiveram muitos parceiros, têm maior risco de ter esse tipo de câncer. Possivelmente, isso é o reflexo de maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis , como o HPV, que estão associados a esse tipo de tumor.
Outras doenças sexualmente transmissíveis também estão associadas a esse tumor, como o herpes simples e o HIV.
Por isso, a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, com o uso de métodos de barreira (camisinha ou condom) e uso de espermicida, diminui a chance de desenvolver esse tipo de tumor.
Dieta
Vários estudos têm associado uma diminuição no risco de desenvolver câncer de colo do útero em mulheres que ingerem micronutrientes nas suas quantidades adequadas.
Os micronutrientes mais freqüentemente descritos como benéficos, nestes estudos, são os carotenóides, a vitamina C e E.
Provavelmente, estes estudos estão demonstrando de forma indireta que uma dieta variada, balanceada e rica em vegetais é benéfica e diminui as chances da mulher de desenvolver esse tipo de tumor.
Os principais fatores de risco para o câncer de colo do útero são:
baixo nível sócio-econômico
precocidade na primeira relação sexual
promiscuidade (múltiplos parceiros)
parceiro sexual de risco
multiparidade (vários partos)
primeira gestação precoce
tabagismo
radiação prévia
infecção por papilomavírus
herpes vírus

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